Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
Abstract
The efficacy of oral polio vaccine (OPV) was determired in infants immunized according to the currently recommended vaccination scheme in the city of S. Paulo. Trivalent OPV was administered to the infants at 8 week intervals, begining at 2 months of age, in well controled conditions at the Experimental Health Unit of the Escola Paulista de Medicina. The study showed that the administration of 2 doses of OPV resulted in poor seroresponses and was not sufficient for effective immunization of the infants to all three poliovirus types. Only the infant group which received a complete series of 3 vaccine doses exhibited an adequate level of immunity, as high as 75% of triple-immunes. The prevalence of antibodies to type 1, 2 and 3 polioviruses was 83%, 96% and 88%, respectively. If, however, the operational conditions observed in the health units of the city of S. Paulo and the low socio-economic level of the majority of the population are considered, it is expected that primary immunization based on 3 doses of OPV is inadequate in order to mantain the disease under effective control. It is advisable to increase the number of vaccine doses from three to five, in order to overcome the adverse effects upon routine OPV vaccination and assure a high level of immunity to poliomyelitis of our child population.A eficiência da vacinação antipoliomielítica foi determinada em um grupo de crianças que receberam a vacina Sabin segundo o esquema de imunização atualmente em vigor na Capital de São Paulo, Brasil. A vacina oral trivalente foi administrada às crianças em condições bem controladas no Centro de Saúde Experimental da Escola Paulista de Medicina, iniciando-se a série básica aos 2 meses de idade. Os resultados mostraram que duas doses de vacina foram insuficientes para se imunizar adequadamente contra os três tipos de vírus da poliomielite. Somente o grupo de crianças que rebeceu a série básica completa de 3 doses de vacina exibiu um nível de imunidade satisfatório, atingindo o taxa de 75% de triplo-imunes. A imunidade contra cada um dos diferentes tipos de poliovírus mostrou-se mais elevada, alcançando após a aplicação de 3 doses de vacina, respectivamente para os tipos 1, 2 e 3, as taxas de 83%, 96% e 88%. Como, porém, as condições de vacinação atualmente existentes nas unidades sanitárias da Capital de São Paulo, Brasil, estão longe de corresponder às do presente estudo, quer seja do ponto de vista operacional, quer quanto ao nível sócio-econômico da maioria da população atendida, é de se esperar que 3 doses básicas de vacina não sejam suficientes para se atingir o nível de imunidade coletivo necessário para manter a paralisia infantil sob efetivo controle. Aconselha-se aumentar o número de doses de vacina da série básica de três para cinco, a fim de que os efeitos desfavoráveis possam ser superados na prática da vacinação oral, com o objetivo de assegurar à população infantil um elevado nível de imunidade contra a doença