Traqueostomia convencional a beira do leito: procedimento de rotina para pacientes em ventilação mecânica prolongada

Abstract

BACKGROUND: Tracheostomy is electively performed in critically ill patients requiring prolonged respiratory support. The risk of transporting, the increasing associated cost and operative room schedule are some of the obstacles for wider acceptance of this procedure. The use of rigid selection criteria exclude many patients who would benefit of this approach. OBJECTIVE: To determine the safety of open bedside tracheostomy (OBT) as a routine intensive care units (ICU) procedure without any selection criteria, considering its peri and postoperative complications. METHOD: Retrospective medical chart review of all patients that underwent elective tracheostomy between April 1999 and December 2005 at ICU of three private hospitals. RESULTS: The study group comprised 552 patients with a mean age of 69.6 ± 15.8 years. The incidence of significant complications (until 30 days after the procedure) was 4.34% (24 cases): 9 minor bleeding, 9 major bleeding, 2 subcutaneous emphysema, 4 stomal infections. Late complications were: laryngotracheal stenosis in 2 and tracheoinomminate fistula in 1 patient. CONCLUSIONS: OBT seems to be a safe and simple procedure, when performed by a team of experienced physicians under controlled circumstances, and should be considered as an option for ICU patients.INTRODUÇÃO: A traqueostomia é um procedimento eletivo realizado em pacientes de unidades de terapia intensiva sob ventilação mecânica prolongada. O risco associado ao transporte, custos e dificuldades de agendamento cirúrgico são alguns obstáculos para uma maior aceitação da traqueostomia. O uso de rígidos critérios de seleção para a realização deste procedimento a beira do leito exclui muitos pacientes que se beneficiariam deste método. OBJETIVO: Determinar à segurança da traqueostomia convencional a beira do leito como procedimento de rotina (sem a utilização dos critérios de seleção) em unidades de terapia intensiva, considerando as complicações intra e pós-operatórias. MÉTODO: Revisão retrospectiva de prontuários de pacientes submetidos à traqueostomia eletiva nas unidades de terapia intensiva de três hospitais privados no período de abril de 1999 a dezembro de 2005. RESULTADOS: Foram incluídos 552 pacientes com idade media de 69.6 ± 15.8 anos. A incidência de complicações pós-operatórias (até o 30º pós-operatório) foi 4.34% (24 casos): 9 sangramentos leves, 9 sangramentos importantes, 2 enfisemas subcutâneos, 4 infecções do estoma. As complicações tardias observadas foram: estenose laringotraqueal em 2 pacientes e fistula traqueo-inominada em 1 paciente. CONCLUSÃO: A traqueostomia convencional a beira do leito parece ser um procedimento simples e seguro quando realizado por equipe experiente em condições controladas, deve, portanto ser considerada como uma opção para pacientes em terapia intensiva sob ventilação prolongada

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