Reconstruções arteriais associadas à ressecção de tumores malignos

Abstract

OBJECTIVE: When trunk arteries are affected by malignant neoplasia, and surgical treatment involving tumor and arterial resection is used, the vascular reconstruction must be performed immediately to avoid ischemia in the brain and large tissue masses. The objective of this study was to analyze the results obtained with the treatment of patients with malignant neoplasia who underwent tumor and vascular resection associated with arterial reconstruction. The primary patency of reconstructions, the occurrence arterial complications, and patient survival were assessed. METHODS: Thirty-six patients with cervical, abdominal, or lower limb neoplasias were followed up. These patients underwent elective operations at Hospital do Câncer A.C. Camargo, São Paulo, between September 1997 and September 2004. They were divided into 3 groups according to tumor location: Cervical (14), lower limbs (13), and Abdomen (9). Thirty-eight arterial reconstructions were performed in these 36 patients. RESULTS: There were 5 arterial complications: 2 early- and 3 late-stage. The early complications consisted of 1 symptomatic carotid occlusion with sequelae and 1 femoral graft rupture without sequelae. The late-stage complications consisted of 1 symptomatic carotid occlusion, 1 occlusion of an axillary-carotid graft, and 1 occlusion of a branch of the aortobifemoral graft, all without sequelae. There was no difference between the primary arterial patency rates. All the deaths (22) resulted from progression of neoplasic disease. CONCLUSIONS: Arterial reconstructions associated with resection of malignant neoplasia in cervical, abdominal, or lower limbs can be carried out with low rates of morbidity and mortality. There was no difference in the primary arterial patency rates among the groups studied.OBJETIVO: Quando há acometimento de artérias tronculares por neoplasias malignas e o tratamento cirúrgico é empregado para realização de ressecções tumoral e arterial, a reconstrução vascular deve ser imediata, para evitar a isquemia de tecidos nobres. O objetivo desse trabalho é analisar os resultados do tratamento de pacientes portadores de neoplasias malignas submetidos a ressecções tumoral e vascular associada à reconstrução arterial, avaliando a perviedade primária das reconstruções, as complicações arteriais e a sobrevida dos pacientes. MÉTODOS: Foram acompanhados 36 pacientes com neoplasias em regiões cervical, abdominal ou extremidades inferiores, operados eletivamente no período de setembro de 1997 a setembro de 2004 no Hospital do Câncer A.C.Camargo em São Paulo. Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com a localização das neoplasias: Cervical (14), Extremidade (13) e Abdome (9). Foram realizadas 38 reconstruções arteriais nos 36 pacientes. RESULTADOS: Houve cinco complicações arteriais, sendo duas precoces e três tardias. Entre as precoces, houve uma oclusão carotídea sintomática com seqüelas e uma rotura de enxerto femoral sem seqüelas. Entre as tardias, houve uma oclusão carotídea sintomática, uma oclusão de enxerto carotídeo-axilar e uma oclusão de ramo de enxerto aorto-bifemoral, todas sem sequelas. Não houve diferença entre os índices de perviedade arterial primária . Todos os óbitos (22) ocorreram devido à evolução da doença neoplásica. CONCLUSÕES: As reconstruções arteriais associadas à ressecção de neoplasias malignas em segmentos cervical, abdominal ou extremidades inferiores podem ser realizadas com baixos índices de morbi-mortalidade. Não houve diferença entre os índices de perviedade primária das reconstruções

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