With the modernist avant-garde, contradicting the tradition, comes a new way of designing the literary. Poetry leaves the egocentric apotheosis and, bordering on the prosaism of the novel, invigorates the revolutionary thought of the bakhtinian polyphony in the formation of a new genre, then called, polyphonic poetry. This is the route we propose to investigate in this study. For that, we will start rereading the principles of dialogism, polyphony and speech genres, in the light of modern artistic revolution. Then, we go on to listen to other people’s voices in representative poems of lyricism of participation in Drummond’s A rosa do povo. Thus, in the way the I is inscribed, the other, after all, is revealed.Com a vanguarda modernista, na contramão do pensamento tradicional, nasce um novo modo de concepção do literário. A poesia abre mão da apoteose egocêntrica e, roçando o prosaísmo do romance, revigora o pensamento revolucionário da polifonia bakhtiniana na formação de um novo gênero, então chamado, poesia polifônica. Tal é o itinerário que propomos investigar neste estudo. Para tanto, iniciaremos por uma releitura dos princípios da dialogia, da polifonia e dos gêneros discursivos à luz da revolução artística dos modernos, para, em seguida, prosseguirmos à escuta das vozes alheias, em poesias representativas do lirismo de participação, no Drummond d’A rosa do povo. E, assim, na forma em que se inscreve o eu, o outro, afinal, revela-se