Práticas de leitura em uma penitenciária masculina: Acesso, cerceamentos e sentidos

Abstract

This article has as a matter of concern the defense of the right to education to the people in situation of imprisonment, and it proposes to discuss practices of reading of men, students of the Education of Young and Adult People, in a masculine penitentiary. As a theoretical and analytical reference, studies of the field of literacy and authors focusing on territory are mobilized. The research field is a state school that functions in the penitentiary, and the data were collected through observation of classes and interviews with 12  subjects. Different literacy events have been identified in which men participate, but there is a tension between increasing access to reading and the limitations of the prison. These events constitute literacy practices in which multiple meanings appear, in addition to the possibility of remission of the sentence through reading, and the school is configured in prison as an important literacy agency, increasing the access to reading of these subjects and other men arrested and who do not attend classes. The results point to the need to strengthen the right to education in prisons, effectively guaranteeing access to school and to reading for people deprived of their liberty.Este artículo tiene como objeto de preocupación la defensa de la garantía del derecho a la educación a las personas en situación de encarcelamiento, y se propone discutir prácticas de lectura de hombres, alumnos de Educación de Personas Jóvenes y Adultas, en una penitenciaría masculina. Como referencial teórico y analítico se movilizan estudios del campo del letramento y autores que tematizan sobre territorio. El campo de investigación es una escuela estatal que funciona en la penitenciaría y los datos fueron recolectados por medio de observación de clases, y entrevistas con doce sujetos. Se identificaron diferentes eventos de letra de los cuales los hombres participan, pero conviven en la tensión entre la ampliación del acceso a la lectura y los cercenamientos propios de la prisión. En estos eventos se configuran prácticas de letramento en las que concurren múltiples sentidos, además de la posibilidad de remisión de la pena por la lectura, y la escuela se configura en la prisión como importante agencia de letramento, ampliando el acceso a la lectura de esos sujetos y de los otros hombres presos y que no asisten a las clases. Los resultados apuntan a la necesidad de fortalecer el derecho a la educación en las cárceles, garantizando efectivamente el acceso a la escuela y la lectura para las personas privadas de libertad.Este artigo tem como objeto de preocupação a defesa da garantia do direito à educação para as pessoas em situação de aprisionamento e se propõe a discutir práticas de leitura de homens, alunos da Educação de Pessoas Jovens e Adultas, em uma penitenciária masculina. Como referencial teórico e analítico, mobilizam-se estudos do campo do letramento e autores que tematizam o território. O campo de pesquisa é uma escola estadual que funciona na penitenciária, e os dados foram coletados por meio de observação de aulas e entrevistas com 12 sujeitos. Foram identificados diferentes eventos de letramento dos quais os homens participam, mas convive-se na tensão entre a ampliação do acesso à leitura e os cerceamentos próprios da prisão. Nesses eventos, configuram-se práticas de letramento nas quais comparecem múltiplos sentidos, para além da possiblidade de remição de pena pela leitura, e a escola se configura na prisão como importante agência de letramento, ampliando o acesso à leitura desses sujeitos e dos outros homens presos que não frequentam as aulas. Os resultados apontam para a necessidade de fortalecimento do direito à educação nas prisões, para garantir-se efetivamente o acesso à escola e à leitura para as pessoas privadas de liberdade

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