PRÁTICA POPULAR DE SAÚDE: A CONCEPÇÃO DOS USUÁRIOS DA UNIDADE DE SAÚDE ENGENHO DO MEIO SOBRE O USO DE PLANTAS MEDICINAIS

Abstract

A pesquisa caracterizou-se por estudar o uso da fitoterapia pelos comunitários atendidos na Unidade de Saúde da Família Engenho do Meio, Recife, PE, e traçar o perfil socioeconômico. Foi realizado um estudo observacional, transversal e descritivo de natureza quanti-qualitativa, no qual os dados foram obtidos através de entrevistas com 369 usuários, conduzidas por estudantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) por meio de questionário semiestruturado. Foram abordados dados socioeconômicos e etnofarmacológicos, os quais foram analisados por distribuição de frequência simples. Dos usuários entrevistados, 85% foram mulheres, 36% possuíam ensino médio completo e 83% tinham renda familiar de até dois salários mínimos. Verificou-se que 77% utilizam alguma planta medicinal, sendo os distúrbios gastrintestinais a principal indicação clínica. Vizinhos e familiares foram responsáveis por 93% das indicações. O chá foi a forma de preparo predominante (94%) e a folha, a parte da planta mais usada (83%). Quando abordados sobre as contraindicações das plantas 99% dos usuários informaram desconhecê-las. Pode-se perceber com os resultados a valorização da cultura popular, em função da elevada taxa de uso das plantas medicinais. No entanto, é preciso investir na perspectiva do uso racional e seguro das plantas medicinais pelo elevado índice de desconhecimento acerca das contraindicações

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