O presente trabalho busca avaliar as tensões residuais e a susceptibilidade a mecanismos de fragilização por hidrogênio em juntas soldadas do aço API 5L X80 aplicadas para o setor de petróleo e gás. Foram empregados três tipos de processos de soldagem diferentes para a execução das soldas (Arco Elétrico com Eletrodo Revestido – SMAW, com Eletrodo de Tungstênio e Proteção Gasosa – GTAW e com Arame Tubular – FCAW-Autoprotegido). Quatro juntas soldadas foram obtidas variando-se consumíveis, parâmetros e processos de soldagem. As tensões residuais foram avaliadas por difração de raios-x nas regiões superiores, inferiores e ao longo da espessura das chapas. Testes de permeação eletroquímica de hidrogênio foram realizados de acordo com a norma ASTM G148-97-R11 (2011). A susceptibilidade à fragilização por hidrogênio foi avaliada através de testes de susceptibilidade à Fragilização por Hidrogênio Provocada por Sulfetos (Sulfide Stress Cracking - SSC) de acordo com a norma G 129-00-R06 (2006) empregando-se a solução A proposta pela norma NACE TM0177/2005 com adições de tiossulfato de sódio. Testes de Trincamento Induzido por hidrogênio (Hydrogen Induced Cracking – HIC) foram realizados de acordo com a norma NACE TM0284/2003. Nas regiões superiores das juntas soldadas foi verificado que, com o emprego de aportes térmicos similares, mas com intensidades de corrente e velocidades de soldagem maiores, as tensões residuais foram mais compressivas. Para diferentes consumíveis e processos de soldagem, foi verificado que o emprego de altas correntes implica em tensões residuais mais compressivas ao longo do Metal de Solda (MS) na superfície superior. No caso da região inferior, quanto maiores os aportes térmicos mais trativas foram as tensões residuais no MS. Todas as juntas mostraram-se susceptíveis à SSC. Foi verificado que a difusividade e solubilidade não podem sem considerados os únicos fatores na susceptibilidade à SSC. Mesmo apresentado, em alguns casos, tensões residuais trativas ao longo da espessura, as juntas não apresentaram trincas nos testes HIC em soluções simulando baixas concentrações de H2S.This study aimed to evaluate the residual stresses and susceptibility to hydrogen embrittlement in API 5L X80 steel welded joints used for oil and gas area. Shielded Metal Arc Welding (SMAW), Gas Tungsten Arc Welding (GTAW) and Flux-Core Arc Welding (FCAW-Self-protected) process were used and four weld joints were obtained by varying process, consumable and welding parameters. The residual stress was evaluated by x-ray diffraction in the top, bottom and along the thickness of the welded joints. Electrochemical tests of hydrogen permeation were carried out according to ASTM G148-97-R11 (2011). The susceptibility to hydrogen embrittlement caused by Sulfide (Sulfide Stress Cracking - SSC) was evaluated according to G 129-00-R06 (2006) employing the A solution proposed by the NACE TM0177/2005 standard with additions of sodium thiosulfate. Hydrogen-Induced Cracking (HIC) Tests were performed according to standard NACE TM0284/2003. It was verified that in the upper regions of the welded joints the use similar Heat Input, but with higher welding current intensities and welding speed, the residual stress were more compressive in Weld Metal (WM). For different welding conditions employed, it was found that the use of high currents implies more compressive residual stresses along the WM in the top surface. On the bottom of welded joint, with higher Heat Input were obtained higher tensile residual stress in the WM. All welded joints were susceptible to SSC, as verified through the Elongation Ratio (ER) obtained and the analysis of the fracture surfaces of the samples. It was found that the solubility and diffusivity can’t be considered the only factors considered in susceptibility to SSC. Although shown in some cases tensile residual stress along the thickness, the joints showed no cracks in HIC tests in solutions simulating low concentrations of H2S