Informações em saúde e a população: a relação médico-paciente e as repercussões no tratamento

Abstract

OO amplo desenvolvimento dos meios de informação e o maior acesso pela população abrem, atualmente, um novo campo na relação médico-paciente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a busca de informações sobre saúde e doença pelo paciente e suas possíveis repercussões no tratamento da sua enfermidade e na relação médico-paciente. Trata-se de um estudo descritivo com aplicação de um questionário composto de 10 questões objetivas e discursivas a 494 habitantes de Juiz de Fora - MG em junho de 2009. 64% dos participantes são do sexo feminino. A maioria (57,3%) tem entre 18 e 27 anos. 31,57% apresentam ensino superior. 24,7% têm renda familiar mensal entre mil e dois mil reais. O atendimento de 43,9% é feito pelo SUS. 96,21% já pesquisaram ao menos uma vez informações em saúde. O interesse pelo tema saúde e prevenção de doenças (54,69%) é a principal motivação à pesquisa. A principal fonte de obtenção de informação foi a internet (74,61%). 50% compartilham com o médico as informações adquiridas, sendo a prevenção em saúde (43,1%) e o tratamento proposto (42,1%) os principais temas compartilhados. 47,66% já obtiveram informações contraditórias às do médico, e, caso enfrentassem essa situação, 58% procurariam uma segunda opinião médica. 62% não conhecem fontes especializadas em informações de saúde e 89% gostariam que o médico as indicasse. A maioria dos pacientes desconhece fontes especializadas e apresenta dificuldades na interpretação da linguagem médica-científica. O profissional de saúde deve conhecer fontes confiáveis e com linguagem de fácil interpretação para indicá-las ao paciente

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