Os Equívocos e Acertos da Campanha “Não à Medicalização da Vida”

Abstract

A Campanha “Não à Medicalização da Vida”, organizada pelo Conselho Federal de Psicologia, critica contundentemente a identificação e tratamentode crianças com transtornos de aprendizagem e com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Isso gerou uma resposta imediata deentidades ligadas à psiquiatria, neurociências e neuropsicologia. O propósito deste artigo foi explicar o que a Campanha entende por medicalização eapresentar seus argumentos contra essa prática (o argumento da falta de objetividade científica, da pressão da indústria farmacêutica, da estigmatizaçãoe dos efeitos indesejados). A análise desses argumentos conclui que todos eles são falhos e que a campanha mistura uma preocupação terapêuticalegítima em relação à medicação excessiva e mal-informada (uso não-racional) com suposições incompatíveis com a ciência

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