A utilização de medicamentos é um processo complexo, que envolve vários serviços e setores. Os erros de medicação (EM) que acontecem durante o trabalho dos profissionais de saúde, geram sérias consequências para os pacientes e para a organização hospitalar. Pelo fato do profissional farmacêutico avaliar a prescrição médica e dispensar o medicamento, ele pode contribuir para a ocorrência de um erro ou sua prevenção. Este estudo analisou no serviço de farmácia do Hospital Universitário/UFJF o conhecimento, a atitude e prática (CAP) dos farmacêuticos frente aos EM. Os dados foram obtidos através de um questionário do tipo CAP. Nos resultados foram apontados como responsáveis pelos EM tanto fatores individuais como falta de atenção (6,34%), falta de conhecimento (5,98%), cansaço e estresse (5,63%), assim como fatores do sistema: excesso de trabalho (5,28%), iluminação inadequada (4,93%) entre outros. As sugestões para minimizar tais erros foram voltadas para o indivíduo e para o sistema sendo prescrição médica digitada (13,45%), educação continuada, reciclagem e treinamento dos profissionais (13,45%) pontos destacados pelos participantes. Em relação às providências tomadas após a ocorrência do erro, orientação (32,15%), reuniões e debates sobre os erros, avaliando-os (28,57%) e notificação da ocorrência (25%), foram priorizados nos questionários. Os profissionais participantes desse estudo apresentam um conhecimento adequado sobre o assunto, uma atitude que não responsabiliza somente o indivíduo pelos EM e uma prática que transforma o erro em aprendizado e que previne muitas das ocorrências pela intervenção farmacêutica
