Uso e compreensão da Medicina Alternativa e Complementar pela população de Juiz de Fora

Abstract

Introdução: Medicina Alternativa e Complementar (MAC) é o conjunto de diversos sistemas, práticas e produtos médicos e de atenção à saúde que não se consideram atualmente parte da medicina convencional. A Organização Mundial de Saúde estimula o uso dessas práticas nos sistemas de saúde, de forma integrada à medicina alopática, preconizando o desenvolvimento de políticas que obedeçam a requisitos de segurança, eficácia, qualidade, uso racional e acesso. Objetivo: Obter um perfil de usuários da MAC da população de Juiz de Fora, o conhecimento, práticas adotadas em seus tratamentos de doença e suas crenças. Método: amostra contemplando 495 participantes (0,1% da população). Utilizamos entrevista estruturada com dezoito perguntas. Resultados: quanto à forma de conhecimento: 52,5% obtiveram informações de familiares, 59,8% de amigos, 74,3% pela televisão e 49,5% de revistas e jornais. Apenas 41,4% foram informados por um profissional de saúde. 64,20% afirmam que o médico nunca questiona a respeito desse assunto. Terapias de maior interesse de uso: massagem (35%) e terapias corporais (37,9%). Antroposofia foi a menos escolhida: somente 10,9% possuíam algum interesse em seu uso.  0,4% declararam que não gostariam de utilizar nenhuma terapia. A maior taxa de rejeição foi para acupuntura (17,3%), seguida de práticas religiosas (13,3%). Conclusão: é necessário abordar esse tema durante a formação médica, visto a grande utilização. Ao acompanhar a tendência desse usuário, o médico poderá melhor intervir e orientar, visando minimizar complicações na saúde do seu paciente. É interessante investigar o conhecimento e compreensão dos médicos em relação à adoção de tratamentos da MAC

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