O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência de ingestão de legumes, verduras e frutas por estudantes do curso de Farmácia da Universidade Federal de Juiz de Fora. A amostra foi composta por 300 universitários aos quais foram aplicados um questionário socioeconômico e um formulário contendo um questionário de frequência alimentar e questões relativas ao comportamento alimentar. Dos estudantes, 67,7% eram do sexo feminino, 98,3% solteiros, 53,0% residiam com a família e 50,3% apresentavam renda familiar superior a 5 salários mínimos. Além disso, 41,3% faziam de 3 a 4 refeições diariamente, 77,0% trocavam uma refeição principal por lanche pelo menos uma vez na semana, sendo a falta de tempo citada 54,3% das vezes como causa da omissão de refeições. Dos 15 legumes e verduras avaliados, alface e tomate destacaram-se pelas maiores frequências de consumo, seguidos pela cenoura, couve e beterraba. Entre as 13 frutas, o maior consumo foi de banana e laranja/tangerina, seguidas pela maçã e pelo mamão ou papaia. Um pequeno número de hortaliças e frutas é ingerido com maior frequência, o que contraria as recomendações nutricionais, que estimulam variabilidade no consumo. A frequência de ingestão dificilmente atingiria ao recomendado, o que sugere uma inadequação não só qualitativa, mas também quantitativa em relação à alimentação dos estudantes. Tornam-se cabíveis medidas de estímulo ao consumo destes grupos de alimentos por essa população, na tentativa de aliar os conhecimentos teóricos adquiridos na faculdade à prática alimentar