Dissertação de mestrado em Biocinética, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de CoimbraO propósito deste estudo foi verificar a atividade da CK sérica após uma única
sessão de treinamento de resistência com e sem oclusão vascular. A amostra
foi composta de 18 voluntários do sexo masculino. Os grupos foram definidos
como alta intensidade sem oclusão vascular (AISOV, n=6), baixa intensidade
sem oclusão vascular (BISOV, n=6) e baixa intensidade com oclusão vascular
(BIOV, n=6). O treino foi realizado com intensidades correspondentes a 20%
1RM nos grupos BISOV e BIOV e 80% 1RM no grupo AISOV no exercício
extensão de cotovelos bilateral. Os grupos BI e BIOV realizaram seis séries de
15 repetições e o grupo AISOV realizou seis séries de 8 repetições. Todos os
grupos obedeceram um intervalo de 60 segundos entre as séries. Para os
sujeitos do grupo BIOV um esfigmomanômetro foi colocado na parte distal dos
braços e inflado até uma pressão correspondente a 130% da pressão arterial
sistólica e mantido durante toda a sessão de treino. Foi realizada análise
estatística descritiva dos resultados com alterações no % de mudança da
condição “pré-treino” para a condição “pós-treino”. Os resultados para CK pré e
CK pós-treino com o respectivo percentual (%) de alteração foram: AISOV
(181, 83 ± 39,260; 225, 50 ± 52,041 U/L, com alteração de 24,01%), BISOV
(157 ± 28,726; 164,33 ± 28,717 U/L, com alteração de 4,67%) e no grupo BIOV
(169,67 ± 32,849 ; 191 ± 36,072, com alteração de 12,57%). No presente
estudo, ficou evidente que no grupo que treinou sob a condição de oclusão
houve dano muscular superior ao treino de baixa intensidade sem oclusão,
porém em uma magnitude menor quando comparado ao treino de alta
intensidade sem oclusão vascular. Contudo, fica claro que é extremamente
importante a análise do comportamento de mais variáveis, na tentativa de
expressar dados conclusivos sobre o dano muscular induzido pelo treinamento
de força, para isso, recomenda-se mais estudos relacionados ao tema.
ABSTRACT
The purpose of this study was to determine the serum CK activity after a single
session of resistance training with and without vascular occlusion. The sample
consisted of 18 male volunteers. The groups were defined as high intensity
without vascular occlusion (AISOV, n = 6), low intensity without vascular
occlusion (BISOV, n = 6) and low-intensity with vascular occlusion (BIOV, n =
6). The training was carried out with intensities corresponding to 20% 1RM
BISOV groups and BIOV and 80% 1RM for group AISOV in a bilateral elbow
extension exercise. BISOV and BIOV groups performed six sets of 15
repetitions and the group AISOV performed six sets of 8 repetitions. All groups
followed an interval of 60 seconds between sets. For the subjects of the group
BIOV a sphygmomanometer was placed in the distal arm and inflated to a
pressure corresponding to 130% of systolic blood pressure and maintained
throughout the training session. We performed a descriptive statistical analysis
of the results with changes in percent (%) of change of condition "pre-training"
for the condition "post-training." The results for CK pre-post training with the
respective percentage (%) of change were: AISOV (181, 83 ± 39.260, 225, 50 ±
52.041 U / L, with increase of 24.01%), BISOV (157 ± 28.726, 28.717 ± 164.33
U / L, with increase of 4.67%) and BIOV (169.67 ± 32.849, 36.072 ± 191, with
increase of 12.57%). In the present study it was evident that the group that
trained under the condition of vascular occlusion, muscle damage was superior
to low-intensity training without occlusion, but lower when compared to high
intensity training without vascular occlusion. However, it is clear that it is
extremely important to analyze the behavior of more variables in an attempt to
express conclusive data on the muscle damage induced by strength training, so
it is recommended further study