A continua descontinuidade administrativa e de políticas públicas são temas persistentes na vida política brasileira. Neste sentido o objetivo do artigo é discutir por meio de pesquisas realizadas, o problema continua descontinuidade de políticas públicas. Embora esta discussão somente aflore com mais intensidade a cada troca de governantes, o problema é mais visível nas cidades de médio e pequena porte, principalmente quando o mesmo segmento político-partidário não permanece no poder local. Esta troca no comando político suscita dúvidas sobre se haverá ou não a continuidade das políticas anteriormente desenvolvidas. Desta forma as suspeitas ganham notoriedade nos debates políticos, na mídia, entre os servidores públicos, nas entidades conveniadas, enfim nas conversas cotidianas da população. Curiosamente, ainda, são raros os estudos sobre o assunto, como também são poucas as reflexões em relação aos fatores que contribuem para a continua descontinuidade de políticas públicas e administrativas no Brasil. A metodologia utilizada para alcançar o objetivo proposto foi a bibliográfica descritiva, baseada em pesquisas realizadas no país. Contudo, os resultados apontam, se por um lado não se pode negar os avanços conquistados nessa direção; por outro, o fato é que o modus operandi desse processo também evoluiu e a interferência político-partidária continua, agora de forma mais sutil, manifestada por meio de cortes nos orçamentos, remanejamento e substituição de servidores e de projetos, troca de nome de programas, enfim são fatores que comprometem a continuidade e a efetividade das políticas públicas, levando-as a um eterno recomeço. Popularizada no dito popular: “as coisas mudam, mais continuam iguais”