Este artigo tem o objetivo de reconstruir parte da história da categoria “artigo” em gramáticas do contexto colonial iberoamericano. Nossa proposta vincula-se a uma outra, mais ampla (cf. ALTMAN e COELHO 2006-2009), que procura reconstruir a história da terminologia empregada em descrições gramaticais do português, do espanhol, do quéchua, do quimbundo, do kiriri, do tupi e do japonês, partindo do princípio de que a análise contextualizada da metalinguagem é um instrumento imprescindível para se capturar a diversidade de conceitos e de técnicas desenvolvidas ao longo do tempo para lidar com as línguas. Em nossa análise, encontramos uma mudança relevante na definição e na aplicação desse metartermo, operada pelas gramáticas jesuíticas