Avaliação de parâmetros oxidativos em tecidos periféricos de ratos wistar adultos machos e fêmeas submetidos à administração subaguda ao manganês

Abstract

Introdução: O manganês (Mn) é um oligo elemento essencial para o bom funcionamento de diversos sistemas biológicos. Entretanto, quando em excesso no organismo é eminentemente citotóxico, podendo ainda induzir a produção de moléculas reativas capazes de causar ação deletéria. No sistema nervoso central, a desordem neurológica causada é conhecida como manganismo, doença degenerativa, incapacitante e irreversível. Porém, os tecidos periféricos, apesar de potencialmente capazes de acumular o metal, não foram alvos de estudos que pudessem trazer informações das reais consequências dessa exposição. Objetivos: Avaliar parâmetros oxidativos em ratos Wistar adultos, machos e fêmeas, após indução de toxicidade subaguda ao Mn. Metodologia: Os animais foram subdivididos em seis grupos experimentais e receberam doses intraperitoneais de volumes padronizados de salina estéril (controle macho e fêmea), baixa dose (6 mg/Kg de cloreto de Mn macho e fêmea) e alta dose (15 mg/Kg de cloreto de Mn macho e fêmea) por cinco dias da semana em quatro semanas consecutivas. Os parâmetros oxidativos analisados foram a peroxidação lipídica (concentração de TBA-RS) e a molécula antioxidante glutationa (GSH). Resultados: Os resultados obtidos demonstram um aumento na peroxidação lipídica e uma diminuição significativa na concentração de GSH no músculo cardíaco dos animais expostos às diferentes doses de Mn, quando comparados ao grupo controle, em ambos os sexos. No fígado, a presença de peroxidação lipídica foi mais evidente no grupo que recebeu baixa dose de Mn, além de um aumento na concentração de GSH principalmente nas fêmeas, o que pode ser atribuído a sua alta capacidade antioxidante. O tecido renal apresentou significativa diminuição na capacidade antioxidante representada pela diminuição na concentração de GSH. Por outro lado, não foram observadas diferenças desses parâmetros no músculo esquelético. Conclusão: Em suma, o conjunto dos dados demonstra a participação do estresse oxidativo nos possíveis danos celulares ocasionados pela administração subaguda de Mn na maioria dos tecidos periféricos analisados, com maior evidência nos tecidos renal e hepático.Palavras-chave: Manganês. Estresse oxidativo. Toxicidade

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