Este trabalho é uma reflexão sobre a relação entre monoteísmo e a intolerância religiosa e política presente na história. A premissa adotada afirma que os monoteísmos – judaico, cristão e islâmico – tendem a favorecer a intolerância entre os povos e em relação às opções religiosas e políticas dos indivíduos em suas respectivas nações. A dificuldade de aceitar o “outro” é, nessa perspectiva, inerente ao caráter monoteísta, isto é, à imposição de um Deus. A análise do politeísmo grego e da experiência monoteísta egípcia, resgatada por Freud, fornece elementos para pensarmos os monoteísmos que conhecemos. This paper is a reflection on the relationship between monotheism and religious intolerance and politics present in the history. The adopted premise states that the monotheisms – Jewish, Christian and Islamic – tend to favor the intolerance among people and in relation to religious choices and politics of individuals in their respective nations. The difficulty of accepting the “other” is, in this perspective, inherent to the monotheistic character, that is, the imposition of one god. The analysis of Greek polytheism and Egyptian monotheistic experience, rescued by Freud, provides us elements to think the monotheisms we know