SÍNDROME DE BURNOUT: OS PROFESSORES ESTÃO EM PERIGO?

Abstract

A Síndrome de Burnout é definida como esgotamento intenso, resultante de estresse constante e por tempo prolongado; acomete principalmente profissionais da área da saúde e docentes e é caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e reduzida satisfação no trabalho. Neste estudo, objetivou-se avaliar a presença da Síndrome em docentes universitários, utilizando-se o Malach Burnout Inventory (MBI). Trata-se de um estudo transversal e quantitativo, realizado com professores universitários de cursos da área da saúde, de graduação e pós-graduação, de duas instituições privadas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Este estudo foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unoesc e aprovado pelo Parecer n. 200.965. Todos os professores que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os dados foram descritos por média e desvio-padrão, e os categóricos, por contagens e percentuais. A comparação de variáveis quantitativas entre grupos foi realizada pelo teste t de Student (dois grupos) e pelo ANOVA (três ou mais grupos), seguida pelo teste de post-hoc de Tukey. A associação de variáveis quantitativas entre si foi realizada utilizando-se o coeficiente de correlação de Pearson. Os cruzamentos de dados categóricos foram analisados pelo teste de qui-quadrado. O nível de significância adotado foi de α=0,05. Os dados foram analisados com o programa SPSS versão 21.0. No total, participaram 139 professores. A idade média foi de 44,05 anos; 51,1% dos participantes eram do sexo feminino, e 50,4% deles atuam no Curso de Medicina. No total, 13,7% estão em burnout, sendo 28% com altos valores de exaustão emocional, 26% com altos valores de despersonalização e 64% com reduzida realização pessoal. Conforme aumenta a idade, também aumenta a realização pessoal e diminuem a despersonalização e a exaustão emocional. Quanto ao sexo, as mulheres são maioria no grupo com maiores valores de burnout. Quanto maior o tempo de carreira docente, menor a chance de burnout, menor a exaustão emocional e maior a realização pessoal. Não foi encontrada associação significativa entre burnout e atuação em pós-graduação, número de horas em sala de aula e quanto ao estado civil.Palavras-chave: Estresse ocupacional. Professores universitários. Síndrome de Burnout.

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