Abstract

O mau odor na cavidade oral é um fator de preocupação para a sociedade por ser desagradável tanto para a própria pessoa quanto para as outras com as quais ele se relaciona. Apresenta etiologia multifatorial e sua maior causa é de origem intraoral, a qual é provocada por fatores locais, como língua saburrosa, biofilme interdental, doença periodontal e hipossalivação. Neste trabalho pretende-se apresentar um relato de caso sobre halitose e expor suas causas. Paciente do gênero feminino, 46 anos, hipertensa compensada, compareceu a clínica da Unoesc relatando sentir um mau odor toda vez que utiliza fio dental. Após anamnese e exame clínico foi diagnosticado cálculo supra gengival, múltiplas restaurações em resina composta insatisfatórias, provisório no elemento 12 mal adaptado e higienização deficiente. Sabendo-se que a halitose ocorre em meios alcalinos, se origina de gases, conhecidos como odorivetores, verificaram-se que a má adaptação marginal, a rugosidade superficial do provisório do dente 12 e a solubilização do cimento provocaram a impacção de alimentos e a formação de biofilme. Houve então a degradação da matéria orgânica pelas bactérias que ocasionaram a liberação de compostos orgânicos voláteis de origem metabólica resultando na queixa da paciente. Para solucionar o caso foram necessárias a realização de raspagens supragengivais em todos os dentes da boca, a troca de restaurações mal adaptadas, a instrução de higiene oral e a confecção de uma prótese definitiva para o elemento 12. De acordo com os fatos expostos, acredita-se que prótese definitivas bem adaptadas e uma higiene eficiente são os principais fatores para eliminar o mau odor proveniente da cavidade oral, pois a falha nesses pontos gera acúmulo de detritos alimentares, células descamadas e bactérias as quais irão ocasionar a decomposição desse conteúdo, liberando gases e originando a halitose.Palavras-chave: Halitose. Biofilme. Placa dentária. Prótese provisória unitária

    Similar works