O líquen plano é uma doença crônica autoimune mediada por linfócitos T que afeta o epitélio escamoso estratificado da mucosa oral, possuindo várias formas clínicas, o que dificulta o seu diagnóstico. O objetivo deste estudo é realizar uma revisão da literatura ressaltando a etiopatogenia, os aspectos clínicos, histopatológicos, diagnóstico e tratamento do Líquen Plano Oral. A busca pelo conteúdo foi realizada nas bases de dados PubMed, SciELO e EBSCO e em livros de Patologia Oral. O líquen plano oral (LPO) afeta adultos de meia-idade com faixa etária de 30 e 60 anos, com predileção pelo sexo feminino e indivíduos da raça branca. Pouco se sabe sobre os mecanismos de desenvolvimento da doença, permanecendo sua causa desconhecida. As lesões se apresentam na forma de estrias brancas, placas ou pápulas brancas, eritema, erosões ou bolhas, sendo a mucosa jugal e dorso de língua os locais mais comumente afetados. O diagnóstico clínico somente poderá ser feito se a doença apresentar padrões clássicos, como lesões concomitantes na mucosa oral e na pele ou ainda lesões bilaterais na mucosa oral. Os achados histopatológicos do LPO incluem: Liquefação da camada basal, acompanhada por um intenso infiltrado linfocitário disposto em banda justa-epitelial, presença de corpúsculos eosinófilos na interface epitélio-tecido conjuntivo (corpos de Civatte), as cristas interpapilares podem estar ausentes, hiperplásicas ou, mais frequentemente, em forma de “dente de serra”; variações da espessura da camada espinhosa e graus variáveis de orto ou paraqueratose. O LPO é tratado com agentes anti-inflamatórios, principalmente, corticosteroides tópicos, e novos agentes e técnicas têm-se demonstrado eficazes. A transformação maligna do LPO e sua incidência exata permanecem controversas. O Líquen Plano oral é de especial interesse para o cirurgião-dentista pelo seu controverso potencial de malignização e pela possibilidade de estar associado ao vírus da hepatite C.Palavras chave: Líquen Plano. Líquen Plano Oral. Diagnostico Bucal