Abstract

Desde tempos remotos o homem tenta substituir elementos dentais perdidos, tentando restabelecer a estética e a função dos dentes faltantes. O sucesso da reabilitação por meio do implante depende da manutenção da osseointegração e da saúde dos tecidos peri-implantares. A colocação de implante na posição correta, o respeito da distância biológica e a confecção de próteses sem sobrecontorno são medidas fundamentais para evitar a peri-implantite. A peri-implantite é um problema comum, o qual traz sérias consequências aos tecidos circunjacentes ao implante. Ela é definida como um processo inflamatório que afeta os tecidos em torno de um implante osseointegrado em função, tendo como resultado a perda de suporte ósseo. A perda de um implante pode decorrer de osseointegração deficiente ou de sítio implantar contaminado por microrganismos patogênicos. A microbiota associada à peri-implantite é similar àquela associada à doença periodontal, porém, observa-se a predominância de bactérias Gram Negativas em detrimento do número bastante diminuído de Gram Positivas. Pacientes que apresentam higiene oral deficiente, história de periodontite, diabetes, fumantes e alcoolistas têm risco aumentado de desenvolver peri-implantite. A superfície do implante também tem influência sobre essa patologia. O cirurgião dentista deve fazer uma avaliação periódica da aparência tecidual e da profundidade de sondagem e uma avaliação radiográfica. O tratamento deverá incluir medidas antimicrobianas, já que o biofilme bacteriano parece ser o fator etiológico primário. O sucesso do tratamento está relacionado à resolução da inflamação e preservação do osso de inserção. A terapia de suporte (manutenção, controle do biofilme, ajuste oclusal), portanto, torna-se imprescindível quando o assunto é a longevidade do implante.Palavras-chave: Peri-implantite. Microrganismos. Implantes dentários.

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