DISTOCIA EM CADELA COM GESTAÇÃO EM UM ÚNICO CORNO-RELATO DE CASO

Abstract

O objetivo deste trabalho é relatar a ocorrência de uma distocia e gestação em um único corno uterino, em uma cadela de 11 anos, raça Shitzu, pesando 8kg. Segundo o proprietário, o animal já se encontrava em trabalho de parto há um dia, porém sem expulsão de fetos. A fêmea era multípara e foi submetida a cesariana e posterior ovariosalpingohisterectomia. Após a histerotomia, observou-se que o animal possuia dois filhotes decorrentes de uma gestação unilateral. Em seguida foi realizada a remoção dos filhotes ainda viáveis, sendo efetuado atendimento aos mesmos, com a aspiração de vias aéreas, massagem torácica, ligadura do cordão umbilical e aquecimento. Para a paciente prescreveu-se antibiótico, analgésico e anti-inflamatório, sendo que a mesma apresentou recuperação adequada. A distocia pode ter etiologia materna por inércia uterina primária ou secundária, predisposição racial (braquicefálicas) e condições específicas: fratura prévia de pelve, obstrução do canal vaginal, prolapso vaginal e uterino, persistência de hímen, perda de tônus muscular abdominal, torção ou ruptura uterina. Entre os fatores fetais, estática fetal anômala e desenvolvimento fetal anormal. No presente caso é provável que a distocia tenha tido origem materna, já que tratava-se de um animal geriátrico, possivelmente com falta de tônus muscular abdominal e também devido a presença de um número pequeno de fetos pela gestação em um único corno uterino. Ressalta-se a importância do encaminhamento da fêmea, em até seis horas após o início do trabalho de parto, para evitar complicações. Palavras-chave: Parto distócico. Cesariana. Canino

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