O EXERCÍCIO DA SEXUALIDADE DAS MULHERES AGRICULTORAS DE UM MUNICÍPIO DA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA

Abstract

A sexualidade se manifesta em todas as fases da vida de um ser humano, as relações sexuais são relações sociais construídas historicamente e envolvem valores, modelos e estruturas; sua forma de vivenciá-la se modifica ao longo da história da humanidade e influencia os relacionamentos entre os sexos. Este estudo objetivou analisar o exercício da sexualidade de mulheres agricultoras em um município da região Oeste de Santa Catarina. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa-qualitativa descritiva. Os sujeitos da pesquisa foram 40 mulheres agricultoras casadas, com idade entre 25 e 60 anos, que vivem em comunidades rurais desse município. Para a coleta de dados foram utilizados entrevista semiestruturada e diário de campo. A educação sexual recebida pela família da maioria das mulheres agricultoras foi omissa pelo pai e repressora pela mãe. Na iniciação sexual, a primeira relação sexual estava sendo esperada. Ela ocorreu com o namorado, na faixa etária dos 16 aos 20 anos e foi vivenciada com felicidade e medo. A vida sexual conjugal atual é percebida como satisfatória, no entanto, as mulheres têm com frequência relação sexual contra a sua vontade. Elas se veem presas a valores culturais que foram internalizados como verdades que as impedem de usufruir do prazer sexual de forma irrestrita e completa junto ao seu cônjuge. Os resultados desta pesquisa enfatizam a necessidade de nortear o planejamento e a execução de um projeto de intervenção de educação sexual para a qualidade das relações afetivo sexuais da mulher agricultora.Palavras-chave: Sexualidade. Mulheres agricultoras. Vida sexual

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