PERFIL DERMATOGLÍFICO E DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA GENOTÍPICA DA ACTN3 EM ATLETAS PROMESSAS OLÍMPICAS

Abstract

A análise de diversos fatores genéticos tem sido utilizada como uma abordagem relativamente nova para a compreensão do rendimento esportivo. Esses novos caminhos oferecem a utilização ética das biotecnologias para a ampliação das possibilidades na orientação esportiva adequada; assim, quanto maior a busca para prescrições corretas, melhores os resultados. Desse modo, objetivou-se identificar o perfil dermatoglífico e a manifestação do polimorfismo do gene ACTN3 em atletas promessas olímpicas. O protocolo escolhido para analisar o potencial genético por meio da coleta das impressões digitais foi o Dermatoglífico, proposto por Cummins e Midlo (1961), por intermédio do Leitor Dermatoglífico, validado por Nodari Júnior (2009). Os indivíduos foram genotipados para o polimorfismo da α-actinina-3 e divididos em grupos de mesmo genótipo RR, RX e XX, por meio das técnicas de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) e Polimorfismo do Comprimento de Fragmentos de Restrição (RFLP) com enzima de restrição (DdeI) após a extração do DNA. A amostra do estudo foi formada por 91 atletas, de ambos os sexos, com média de idade de 16,36 ± 3,68 anos, das modalidades de basquete, boxe, futebol, ginástica artística, luta olímpica e voleibol de um centro de excelência esportivo. A distribuição dos genótipos da ACTN3 foi de 43,96% para o genótipo RX, 30,77% para o XX e 25,27% para o RR. Para a dermatoglifia, o valor médio encontrado para o somatório da quantidade total de linhas (SQTL) foi de 113 ± 38,37, para a figura arco (A) a média foi de 0,4 ± 1,33, para a presilha radial (LR) de 0,4 ± 0,64, a presilha ulnar (LU) de 6,0 ± 2,78, o verticilo (W) de 3,2 ± 2,97 e o Índice de Delta (D10) apresentou a média de 12,8 ± 3,59. O aumento do genótipo XX pode estar relacionado à heterogeneidade do grupo, seleção positiva do alelo X na população, como também a um maior envolvimento em atividades de resistência. Por meio dos recursos disponíveis não foi possível realizar uma análise estatística que conseguisse identificar se existe relação ou não entre o gene ACTN3 e a dermatoglifia. Torna-se necessária a aplicação de uma estatística mais robusta das variáveis investigadas, por meio de ferramentas mais adequadas, que permitam a análise mais complexa dos dados apresentados. Sugere-se, ainda, a realização de novos estudos que incluam uma amostra mais significativa e um grupo-controle, formado por indivíduos não atletas, para que os resultados sejam ainda mais qualificados. Palavras-chave: Atletas. Dermatoglifia. Gene.

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