A toxicidade do chumbo e seu risco à saúde humana

Abstract

Os metais pesados são elementos naturais da crosta terrestre, sendo identificados como as toxinas mais antigas conhecidas pelos humanos. Em relação ao chumbo, compreende-se que consiste em uma substância completamente estranha ao metabolismo do indivíduo. Diante disso, a OMS considera que concentrações plúmbeas teciduais superiores ao limiar de 10 μg/dL são prejudiciais ao funcionamento basal do organismo, sendo definidas tais ocorrências como Saturnismo ou Plumbismo. O presente estudo tem como objetivo verificar a intoxicação por chumbo e suas implicações aos diferentes sistemas do corpo humano. Trata-se de uma análise a partir de cinco artigos selecionados nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Public Medlines (Pubmed) e Medlines, utilizando os descritores “lead exposure” and “prognostic” and “saturnism” and “neurotoxicity” and “renal system”, com seleção de artigos publicados entre 2014 e 2019. Os aspectos clínicos mais recorrentes nos casos de envenenamento por chumbo são transtornos neurocognitivos e neurofisiológicos, que acarretam problemas como a hiperatividade e déficits na cognição. Além disso, observa-se disfunções dos índices fisiológicos renais, com a excreção de biomarcadores que refletem danos no epitélio tubular; distúrbios hematológicos e cardiovasculares, a exemplo de quadros de anemia e hipertensão induzidas pelo chumbo, e a deposição desse material tóxico nos ossos durante um estado crônico do plumbismo. Concluiu-se que a exposição ao chumbo constitui um fator de risco à saúde humana e acarreta reações danosas à vários sistemas do organismo. Por fim, foi notado ainda que fatores como condições socioeconômicas, de moradia e de trabalho são também preditores dos riscos que o chumbo oferece

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