Escolas isoladas paulistas: um modelo desajustado?

Abstract

Este artigo tem por objetivo analisar a história das escolas isoladas paulistas no período de 1893 a 1932, fundamentando-se no método histórico-crítico. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica tendo como referência teórica os trabalhos de Saviani (2007, 2008); Marcílio (2005); (1999); Souza (1998, 2006, 2009); Reis Filho (1995); Infantosi (1983) e Nagle (1974). Os documentos, impressos e manuscritos, constantes no Arquivo do Estado de São Paulo foram as fontes primárias consultadas. No primeiro período republicano, a necessidade de universalização da instrução pública levou à criação dos grupos escolares, que atendiam, inicialmente, aos grandes centros urbanos; para os centros menores e os bairros populosos criaram-se as escolas reunidas. Nos bairros periféricos, nas vilas e áreas rurais foram adotadas as escolas isoladas, cuja função era dar uma formação básica – leitura, escrita e as operações elementares da aritmética – à população pobre, residente nesses locais. A organização do trabalho didático, nessas escolas, se aproximava da organização adotada nas escolas de primeiras letras sob o método mútuo do Período Imperial. A história das escolas isoladas é marcada pelos aspectos da moderna escola burguesa, especialmente suas antecessoras, as escolas de primeiras letras. Funcionando em casebres, herdaram das escolas de primeiras letras principalmente o atendimento, em uma só sala, de crianças em diferentes níveis de adiantamento

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