Análise mecanística de um pavimento flexível restaurado a partir do MR obtido em diferentes softwares de retroanálise com dados de viga Benkelman

Abstract

Atualmente é possível dimensionar uma estrutura rodoviária ou um reforço de pavimento através de métodos mecanísticos, podendo se utilizar os métodos empíricos como o do CBR (Califórnia Bearing Ratio) para um pré-dimensionamento. Neste enfoque a estrutura é tratada como qualquer outra em engenharia, como por exemplo, a de concreto armado, onde as tensões e deformações são analisadas e limitadas variando-se dimensões e características dos materiais.  Para tratar do reforço de pavimentos, é necessário o prévio conhecimento de algumas características dos materiais existentes na estrutura, como sua rigidez através do módulo de resiliência, o qual pode ser obtido mediante processo de retroanálise das bacias de deflexão. Neste trabalho foi desenvolvido um estudo que buscou retroanalisar dez bacias de deflexão medidas com Viga Benkelman junto à Rodovia BR 472/RS a partir de dois diferentes softwares de retroanálise, e utilizar estes valores em uma análise mecanística propondo diferentes espessuras de reforço em CA (concreto asfáltico). Para cada conjunto de valores de módulo de resiliência obtido foram propostas 6 diferentes espessuras de reforço com MR de 6645 MPa, sendo elas: 4, 7, 10, 13, 16 e 19 cm. Estas estruturas foram analisadas com o software de cálculo de tensões, deformações e deslocamentos AEMC (Análise Elástica de Múltiplas Camadas), a fim de obter a deformação específica de tração na fibra inferior do revestimento e de compressão no topo do subleito. Os valores de deformação foram utilizados nos modelos de desempenho à fadiga de Pinto (1991), Franco (2007) e Federal Highway Administration dos EUA (FHWA), e nos modelos de desempenho de afundamento da trilha de roda do Asphalt Institute dos EUA e Laboratoire Central des Ponts et Chaussées da França (LCPC), afim de estimar o número de solicitações que a estrutura será capaz de suportar sem que ocorra trincamento por fadiga ou deformações maiores que 12,5mm, determinando assim a estimativa de vida útil para cada espessura e conjunto de módulos retroanalisados que foram comparados entre si obtendo a variação de resultados. Complementarmente realizou-se o cálculo da espessura necessária de reforço para a estimativa de vida útil média de fadiga a partir do método PRO 11/79

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