O estudo busca estabelecer diretrizes de cenários de ocupação do solo de acordo com os efeitos provocados pelo clima urbano. A principal hipótese se origina da conjunção entre a atuação de massas de ar e da radiação solar combinadas com as características naturais da região e do ambiente construído. O método está baseado na caracterização ambiental, na detecção de fenômenos físicos que influenciam o clima urbano, na coleta de dados microclimáticos, na análise meso climática, no mapeamento das informações e na formulação de diretrizes para a ocupação urbana de uma área em processo de consolidação na cidade de São José do Rio Preto, SP. As informações microclimáticas e ambientais foram mapeadas com o uso de geoestatística em recortes urbanos. Os resultados indicam que a ação dos ventos sobre as superfícies expostas de água tem elevado potencial para influenciar um entorno imediato de aproximadamente 1.000m, dependendo da topografia, da densidade do ambiente construído, das condições atmosféricas e da vegetação. A dificuldade de penetração das massas de ar umidificadas em um denso e impermeabilizado ambiente construído sugere que o espaço urbano deva favorecer a ação passiva do resfriamento evaporativo, reduzindo a amplitude térmica e aumentando a umidade do ar. Desta forma, foram estabelecidas diretrizes de ocupação considerando a reorganização da vegetação, o represamento de corpos d’água, o posicionamento dos cânions urbanos de acordo com os ventos predominantes e a determinação do fator de visão do céu mais adequado para proporcionar sombreamento nas áreas abertas