QUALIFICAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS VISANDO FUTURA ADESÃO A SISTEMAS DE CERTIFICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

Abstract

A implantação de um Sistema de Gestão Socioambiental em uma empresa traz consigo, implicitamente, melhorias em várias frentes, tais como, estrutura organizacional, atividades de planejamento, definição de responsabilidade, práticas e procedimentos, bem como processos e recursos para desenvolver, implantar, alcançar, rever e manter a política ambiental estabelecida pela empresa. Prepara, consequentemente, a empresa para a obtenção inclusive de uma Certificação Socioambiental. Este trabalho foi desenvolvido, a partir de um estudo de caso em 10 (dez) propriedades rurais independentes que fornecem cana-de-açúcar a uma usina localizada na região Noroeste do Estado de São Paulo/Brasil. Utilizou-se, portanto, uma metodologia que considerasse as questões sociais, econômicas e ambientais específicas da região e que tivesse uma natureza descritiva e orientação epistemológica qualitativa. A opção por este estudo deve acontecer “a partir do desejo do pesquisador de explicar algumas situações a partir da prática” (GODOY, 2006, p.127). Eisenhardt (1989) ainda discute, em favor deste método, como uma fonte de exploração de situações organizacionais típicas, cujos casos podem ser especialmente reveladores. Foi proposta, impulsionada pela Agenda 21 local, como pré-requisito, uma qualificação direcionada aos Produtores Rurais. Tal processo de qualificação foi estruturado e sistematizado com base no Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (Eco-Management and Audit Scheme - EMAS II), Regulamento CE, Conselho Europa nº 761/2001 – e nas Normas da família NBR ISO 14.000, ISO 16.001:2004 OHSAS 18.001 e SA 8000. A Agenda 21, segundo Ribeiro (1998), é um “método prático para “ecologizar” uma administração municipal, estadual ou nacional, em cada um de seus setores”. O estudo sugere a implantação do Sistema de Gestão Socioambiental a partir do (Proprietário ou seu Representante: Pecuarista, Agricultor e/ou Silvicultor). Concluiu-se finalmente, posteriormente, a um processo de capacitação do Produtor Rural sobre noções sobre o funcionamento das peculiaridades de um sistema de “Certificação Socioambiental”, pela possibilidade de se formular um manual de “Boas Práticas Agrícolas

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