"Nunca cruzaremos este rio" – a estranha associação entre o poder do atraso, a história lenta e a "sociologia militante", e o ocaso da reforma agrária no Brasil.

Abstract

The article devotes itself to four main objectives. Firstly, it critically problematizes the dominant view Marxism holds on the “agrarian question”. The argument insists that this discussion, in fact, does not exist in the work of Marx. The second objective emphasises the presence of a “militant Sociology” which influences a significant part of Social Sciences that studies rural social processes. This interference is criticised by the author. In order to demonstrate the distortion, the author, as third objective of the article, discusses the most relevant aspects around land reform and its social actor, the MST. Finally, the last and fourth objective is to support the discussion of the three former objectives using José de Souza Martins’ extensive academic output. He is regarded as one of the leading social scientists in Brazil.O artigo é dedicado a quatro objetivos principais. Primeiramente, problematiza criticamente a visão dominante do marxismo sobre a “questão agrária”, insistindo na inexistência, de fato, de tal discussão na obra de Marx. Como segundo objetivo, o texto acentua a presença de uma “Sociologia militante” que influencia parcela expressiva das Ciências Sociais dedicadas aos processos sociais rurais e esta interferência é criticada pelo autor. Para demonstrar esta distorção, o autor, como terceiro objetivo, discute os aspectos mais relevantes em torno do tema da reforma agrária e do ator social mais visível a ela ligado, o MST. Finalmente, o último e quarto objetivo é fundamentar a discussão dos três primeiros objetivos se valendo da extensa obra de José de Souza Martins, apontado como um dos principais cientistas sociais no Brasil

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