O cálculo estético de Nietzsche sobre o ideal de veracidade : uma interpretação dos dois primeiros capítulos da obra Para Além de Bem e Mal

Abstract

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, 2018.A proposta ora apresentada visa a uma interpretação dos dois primeiros capítulos da obra Para Além do Bem e do Mal de F. Nietzsche, em particular de sua proposta conhecida como perspectivismo. A partir do grande número de publicações acerca do tema, bem como da recorrência de uma determinada interpretação, qual seja, a de que Nietzsche está propondo nos mencionados capítulos, de maneira especulativa, uma alternativa às teorias tradicionais do conhecimento, notou-se a necessidade de investigar a consistência e alcance dessa interpretação recorrente, uma vez que ela, poderíamos dizer, é restritiva, isto é, limita a investigação do problema da verdade a um domínio estritamente cognitivo, o que, em muitos momentos do texto, parece não participar da opinião do próprio autor. Primeiramente, circunscreveremos o que estamos chamando de domínio teórico cognitivo, em seguida partiremos para a análise e contextualização da crítica de Nietzsche à vontade de verdade visando compreender a particular intenção da proposta do filósofo nos mencionados capítulos.The present proposal aims at an interpretation of the first two chapters of F. Nietzsche's Beyond Good and Evil, in particular his proposal known as perspectivism. From the large number of publications on the subject, as well as from the recurrence of a certain interpretation, that is, that Nietzsche is speculatively proposing in these chapters an alternative to traditional theories of knowledge, it was noted the need to investigate the consistency and scope of this recurrent interpretation, since it could be said to be restrictive, that is, it limits the investigation of the problem of truth to a strictly cognitive domain, which in many instances seems not to participate in the author's own opinion. Firstly, we will circumscribe what we are calling the cognitive theoretical domain, and then we begin with the analysis and contextualization of Nietzsche's critique of the will to truth in order to understand the particular intention of the philosopher's proposal in the mentioned chapters

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