Simulação de danos através do desfolhamento artificial na cultura do pepino, Cucumis sativus L., como um parâmetro básico no manejo integrado de pragas

Abstract

Orientador: Luís Amilton FoersterDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Curso de Pós-Graduação em EntomologiaInclui referências: p. 95-99Área de Concentração: EntomologiaResumo: Foram realizados experimentos no Centro de Produção e Experimentação do Instituto Agronômico do Paraná (CPE-IAPAR) localizado no município de Morretes-PR, na cultura do pepino (Cucumis sativus L.) variedade 'Premier', durante os meses de dezembro de 1983 a maio de 1984. O objetivo foi obter subsídios para determinar o nível de dano econômico de Lirimiza sativae. Blanchard, 1938, na cultura do pepino através da análise do crescimento das plantas em duas épocas distintas (plantios de verão e outono) verificando-se os fatores climáticos limitantes para seu desenvolvimento, assim como observar a resposta das mesmas ao desfolhamento artificial nas intensidades de 0, 25, 50 e 100%, realizado no início da floração (3 dias apôs o aparecimento da primeira flor), no plantio de outono. A análise do crescimento foi fundamentada na amostragem realizada em dias alternados, de uma planta inteira de pepino por parcela, durante todo o ciclo da cultura, desmembrando-a em raiz, caule, folhas, botões florais, flores e frutos, conforme critérios pré-estabelecidos. Deste modo registrou-se o número de nós, botões florais, flores e frutos como também o peso seco de raiz + caule, folhas, botões florais, flores e frutos. Os valores de área foliar das plantas sem desfolha também foram registrados. O desfolhamento artificial foi realizado em um único dia reduzindo-se a área foliar de todas as folhas da planta conforme o tratamento, deixando-se quando possível a nervura mediana da mesma. As condições climáticas da região foram mais favoráveis às plantas do plantio de verão que do outono, visto que o somatório das médias por amostragem do peso seco de todas as partes da mesma foi de 1418,97 g e 864,63 g, respectivamente. Tanto o somatório das médias por amostragem do número e o peso seco de frutos foi praticamente o dobro no plantio de verão em relação ao de outono. Consequentemente, a redução da produtividade do plantio de outono teve causas climáticas e deve ser levado em consideração, já que a população de L. sativae começa a aumentar a partir de maio e atribui-se muitas vezes ao inseto a causa desta redução. As plantas do plantio de outono, independentemente da intensidade de desfolhamento artificial emitiram, de um modo geral, botões florais e flores em igual número e peso seco, como também frutos em número. Porém, as médias do peso seco de frutos diferiram conforme o tratamento, sendo que somente o desfolhamento de 25% não diferiu significativamente em relação a testemunha; o desfolhamento de 50% por sua vez não foi significativamente diferente ao de 25% e finalmente o desfolhamento de 100% diferiu de todos os tratamentos. Isto vem a confirmar que mesmo com um aumento da população de L. sativae no plantio de outono, deve-se considerar a capacidade de compensação energética da planta de pepino variável conforme a intensidade da redução foliar e estágio em que ocorre, antes de utilizar-se medidas de controle

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