O objetivo deste trabalho foi conhecer o hábito automedicação entre trabalhadoras da área da enfermagem de um hospital de Uberaba (MG) e as principais queixas em relação à saúde. As 142 participantes responderam a um questionário que avaliava a relação entre o perfil destas e algumas variáveis que poderiam contribuir para este hábito. Para a discussão dos dados adotou-se a estatística descritiva e análise de conteúdo. Verificou-se neste estudo que 54% das auxiliares e técnicas de enfermagem e 66% das enfermeiras utilizavam de modo frequente ou esporádico, medicamentos sem recomendação médica. Observou-se que os transtornos psíquicos (depressão, estresse e ansiedade) apareceram em maior proporção entre as enfermeiras (36%) e as doenças osteomusculares foram mais frequentes entre as técnicas e auxiliares de enfermagem, (25% cada), representando os principais problemas de saúde e causas de afastamento do trabalho. A automedicação apareceu como uma prática comum entre as trabalhadoras, justificando-se pela oferta e a disponibilidade dos medicamentos encontrados por esta categoria profissional.