A divisão sexual do trabalho, no marco da reestruturação produtiva, que desencadeou processos de terceirização, informalidade e subcontratações, é um assunto que ainda requer estudos e pesquisas com vistas a decifrar elementos presentes na esfera produtiva que reforçam as desigualdades de gênero no mundo do trabalho. Por isso, este artigo objetiva apresentar alguns aspectos desse fenômeno complexo, suscitando reflexões acerca de um suposto fim da divisão sexual do trabalho, diante de discursos disseminados que atestam para a igualdade entre homens e mulheres na esfera produtiva. Essa concepção é questionável considerando que ainda se sustentam determinadas ocupações no mundo do trabalho como redutos femininos por excelência, como é o caso da indústria da confecção