Saúde ecossistêmica:: do inconsciente ecológico a um novo projeto de civilização

Abstract

This article presents a discussion in the field of ecosystem health approaches that considers both the new discoveries concerning the Anthropocene Era and the shortcomings of the current sustainable development model. It is argued that a transdisciplinary-oriented ecosystem health concept should be coupled with a constructivist, co-evolving view of “human-beings-in-ecosystems” in contemporary environmental research. Such a perspective sets up a radical break with the epistemological Cartesian tradition. In this sense, the authors suggest that the main challenge to be tackled is the overcoming of the dualistic belief systems hegemonic in western culture. In addition, they assume that this move remains in tune with the search for an alternative civilizing project.Este artigo insere-se no debate em curso sobre abordagens ecossistêmicas em saúde de um ponto de vista sensível às incertezas geradas em uma época estigmatizada pela “grande aceleração do Antropoceno”. Sob o pano de fundo das aporias da visão neoliberal do desenvolvimento, os autores resgatam o potencial contido nas pesquisas mais recentes sobre o funcionamento da mente e da consciência, em busca de estruturas unificadoras nas imagens que forjamos do ser humano e da evolução da vida no planeta. Nesse sentido, a noção de saúde ecossistêmica é associada à pesquisa de novos padrões de entrelaçamento coevolutivo ”“ ou simbiótico ”“ dos seres humanos com o planeta. O texto sugere que sua adoção equivaleria a uma metamorfose dos sistemas dualistas de crenças que se tornaram hegemônicos na cultura do Ocidente, rumo à construção de um novo projeto de civilização

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