Vulnerabilidade à seca e (i)mobilidade no Nordeste brasileiro: partir ou resistir?

Abstract

Based on a survey with 1,064 households in the Seridó Potiguar, in the Brazilian northeastern Semiarid region, this paper discusses how individuals adjust mobility responses when they perceive the impacts of droughts on their livelihoods. Our results show that short-term responses are more common with daily or seasonal mobility in relation to permanent residence change. We also observe a greater female participation in these types of mobility, probably due to its shorter distance. Cash transfer programs show great relevance in this process, supporting families without emigrants or subsidizing the emigration of at least one resident. Finally, we conclude that migration and/or labor supply in urban areas have been important strategies for families to deal with the risk, which requires strong institutions to manage the potential negative impacts on the destination regions of these individuals.Baseado em um survey com 1.064 domicílios do Seridó potiguar, região do semiárido nordestino, este trabalho discute como os indivíduos ajustam respostas de mobilidade ao perceberem os impactos das estiagens sobre os meios de subsistência. Nossos resultados mostram respostas usualmente de curto prazo envolvendo mobilidade cotidiana ou sazonal em relação à mudança permanente de residência. Também foi possível observar maior participação feminina nesses tipos de mobilidade, o que indica associação com o seu caráter de curta distância. Os programas sociais mostraram grande relevância nesse processo, com a possibilidade de duplo efeito: apoiando famílias sem emigrantes ou subsidiando a emigração de pelo menos um morador. Por fim, conclui-se que a migração e/ou a oferta de trabalho nos espaços urbanos foram ferramentas importantes para as famílias lidarem com o risco ambiental, o que requer instituições fortalecidas para gerenciar os potenciais impactos negativos para as regiões de destino desses indivíduos

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