O « mar sahariano » visto por Jules Verne : um grão de areia na empresa colonial

Abstract

Sous couvert de fiction, le dernier roman de Jules Verne, L’Invasion de la mer (1905), explore les implications stratégiques et symboliques d’un projet bien réel qui a prétendu, à la fin du XIXe s., transformer le Sahara en mer navigable. Jouant des imaginaires antagonistes de la mer et du désert, il questionne, au-delà de l’hybris d’une civilisation techniciste et marchande qui, comme à Suez, bouleverse l’univers pour s’ouvrir des marchés, les fourvoiements de l’impérialisme, véritable sujet de ce roman qui est le seul où Verne aborde la colonisation française.Sob o pretexto de escrever uma ficção, o ultimo romance de Jules Verne, A Invasão do mar (1905) explora as implicações estratégicas e simbólicas de um projecto real que imaginou, no fim do século XIX, transformar o Sahara em mar navegável. Aproveitando os antagonistas imaginarios do mar e do deserto, o escritor, além da hybris duma civilização tecnicista e mercantil que, como Suez, subverte o universo para conseguir mercados, questiona os descaminhos do imperialismo, verdadeiro sujeito desse romance, o único em que Verne aborda a colonização francesa

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