Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente. - ISSN 1647-4120. - V. 3, n. 2 (Julho-Dezembro 2012). - p. 237-259.O objetivo do presente estudo foi analisar se o tipo de amigos influencia os comportamentos de risco e o bem-estar dos adolescentes de forma diferenciada entre os géneros e se a monitorização parental poderá moderar essa influência também de forma diversa entre os géneros. A amostra utilizada neste estudo foi constituída pelos sujeitos participantes no estudo português realizado em Portugal Continental em 2006, parte integrante do estudo Europeu HBSC – Health Beaviour in School-Aged Children. O estudo português incluiu alunos dos 6º, 8º e 10º anos do ensino público regular com média de idades de 14 anos (DP=1.9). A amostra nacional é constituída por 4877 estudantes. Os resultados indicaram que a influência do grupo de pares age de forma idêntica em rapazes e raparigas, assim, para ambos os géneros quando os adolescentes têm mais amigos com comportamentos de risco envolvem-se mais em comportamentos de risco, quando têm mais amigos com comportamentos de protecção têm maior bem-estar. Para a moderação da monitorização dos pais nessa influência, não se verificou efeito significativo para a maioria das variáveis, nem diferenças na moderação entre os géneros