A gestão para a criatividade e a inovação é um desafio, especialmente, para as empresas em contextos extremamente competitivos e, para enfrentar esse desafio, tem-se argumentado que as empresas devem contar com recursos específicos para promover o comportamento criativo, desenvolvendo fatores que podem influenciar positivamente a criatividade dos indivíduos, tornando as organizações mais inovadoras. Nesse contexto, torna-se extremamente relevante compreender os fatores que influenciam a criatividade e o desenvolvimento de inovações, especialmente, os fatores psicológicos. Assim, este ensaio discute a relação entre os fatores psicológicos, especialmente as emoções, a criatividade e a inovação, com a finalidade de trazer contribuições para a melhoria da gestão da criatividade e da inovação. Propõe-se também um modelo teórico preliminar, visando a prover algumas relações a serem investigadas em estudos futuros. Para que o ambiente organizacional seja o locus da criação útil, o contexto precisa ser de apoio aos indivíduos que nela trabalham, já que desses indivíduos fazem parte as emoções, em diferentes valências e intensidades. No entanto, as ligações de causalidade entre emoções, criatividade e inovação precisam continuar a ser examinadas, já que a operacionalização dos conceitos, bem como os resultados ainda não são conclusivos. Para tanto, é importante que os dois subcampos teóricos relacionados à criatividade e à inovação tornem-se mais integrados futuramente devido à sua potencialidade e porque, atualmente, há muito pouca sinergia. Adicionalmente, é fundamental que essas pesquisas tenham caráter multinível, integrando os níveis individuais, de grupo e organizacionais nos diversos setores criativos.Palavras-chave: Criatividade. Inovações. Emoções