A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O MITO DO AMOR ROMÂNTICO

Abstract

O presente trabalho busca apreender a relação entre o mito do amor romântico e a violência contra a mulher na contemporaneidade. Para isto, recorre à teoria marxista a qual afirma que a desigualdade entre homens e mulheres surge a partir do estabelecimento da propriedade privada e da exploração do homem pelo homem. É na organização da família monogâmica que se assegura a reprodução do modo de produção vigente, o capital e quando esta ordem é desobedecida, utiliza-se a violência como forma de manter a dominação entre os indivíduos. O mito do amor romântico se constitui como um instrumento que a ideologia dominante utiliza para manter as mulheres submissas. O amor neste aspecto se apresenta como mais um instrumento para continuar mantendo a mulher no íntimo do lar doméstico. Com a emergência burguesa e o mito do amor romântico, a mulher permanece submissa ao homem, mas agora não apenas pelo poder coercitivo patriarcal, que permanece, contudo, adicionado por formas subliminares de coerção. Dessa forma. as distinções entre os sexos podem ser alteradas se houver igualdade substancial das relações mútuas, isso exige a erradicação completa de suas bases, incluindo de forma primordial, a propriedade privada

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