Praxia - Revista on line de Educacao Fisica da UEG
Abstract
Os astrocitomas são as neoplasias mais comuns do sistema nervoso com alta mortalidade e comprometimentos neurológicos variáveis, apresentando sinais e sintomas imprevisíveis. A atuação fisioterapêutica já é estabelecida para paciente com distúrbios funcionais advindos de lesões por tumores cerebrais, mas no cotidiano a ação fisioterapêutica é subaplicada. Este estudo visou avaliar a atuação fisioterapêutica em indivíduos com astrocitomas, submetidos à cirurgia, independentemente do grau e acometimento. Foi realizado o levantamento de dados nos prontuários dos casos de astrocitoma submetidos à cirurgia no Hospital de Clínicas da UFTM, e diagnosticados com astrocitoma, segundo a Organização Mundial de Saúde e Armed Forces Institute of Pathology. Foram estudados 60 casos, dos quais 36% eram localizados no lobo frontal. A principal sintomatologia foi distúrbios motores (63,3%). Apenas 25 pacientes tiveram relato de tratamento fisioterapêutico. Apesar de o tratamento fisioterapêutico ser de comprovada eficácia para a manutenção do grau funcional dos indivíduos portadores de astrocitomas, a minoria dos indivíduos recebeu esse tratamento. Demonstramos a necessidade de implementação de um protocolo padrão de tratamento fisioterapêutico, bem como sua utilização, visando melhorar a capacidade físico-funcional dos indivíduos acometidos por astrocitomas