O objetivo do trabalho é analisar de forma empírica as possíveis relações entre o grau de mobilidade internacional de capitais e a performance da macroeconômica brasileira, no período de 1999 a 2014, sumarizada no comportamento das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto, de taxa de juros e de inflação. Inicialmente, apresenta-se uma breve discussão sobre os problemas envolvidos na mensuração da mobilidade de capitais, bem como uma revisão sintética da literatura empírica sobre seus possíveis impactos, notadamente, sobre o crescimento de longo prazo, considerados diferentes períodos e amostras de países. Em seguida, são detalhados os aspectos metodológicos e os resultados centrais da investigação empírica proposta. Mediante a estimação econométrica de vetores autoregressivos (VAR), utilizando-se um indicador de integração financeira baseado na soma dos fluxos brutos de entrada e saída de capitais, os resultados deste estudo fornecem limitada evidência de que uma maior abertura aos fluxos internacionais de capital no caso em análise, esteja associada a uma melhora efetiva da performance macroeconômica, sendo que nenhuma das variáveis analisadas parece exibir uma relação positiva robusta vis-à-vis as variações do grau de integração financeira da economia.