Este trabalho faz parte da pesquisa de doutorado, cujo objetivo principal é mostrar quais contextos licenciam construções existenciais com o verbo ser no Português Brasileiro Contemporâneo – PBC. Aqui, especificamente, comparo dados escritos do século XIII ao XVI, coletados no Corpus Informatizado do Português Medieval – CIPM, aos do século XX, coletados no Projeto Análise Contrastiva de Variedades do Português – Varport. Tomo como base para minha análise a Teoria Gerativa (Chomsky, 1995), mais especificamente, a versão minimalista da Teoria de Princípios e Parâmetros, a visão não-lexicalista da Morfologia Distribuída (Halle & Marantz 1993, 1994; Harley & Noyer 2003), assim como a Teoria unificada das predicações locativas (Freeze 1992; Kayne 1993, entre outros). Os resultados apontam a progressiva redução do verbo ser existencial e a crescente evolução do uso de haver nos textos escritos em português