Modelos matemáticos para tomada de decisão quanto ao uso total de água potável em relação ao uso misto de água potável e não potável em edifícios / Mathematical models for decision making regarding the total use of drinking water in relation to the mixed use of potable and non-potable water in buildings

Abstract

Em decorrência da escassez de água verificada, em grandes centros urbanos, nos últimos anos no Brasil, o uso de água não potável em edifícios tem aumentado gradativamente, tendo em vista a redução da oferta de água potável. Para tal, há três opções de sistemas: descentralizado individual, descentralizado em grupo e centralizado. Para fazer a melhor escolha são consideradas variáveis tais como: os custos de aquisição e de implantação dos sistemas, os custos operacionais e de manutenção, além de assegurar a qualidade final da água produzida de modo a preservar a saúde dos usuários. Nesse sentido, tendo em vista os custos, os riscos à saúde dos usuários e as responsabilidades de gestão que envolvem a utilização de um sistema predial de água não potável, surge a seguinte questão: em termos econômicos, ambientais e sociais, não seria mais viável o uso de água potável em edifícios ao invés de uso misto de água potável e não potável? Assim, o objetivo deste artigo é formular modelos matemáticos quanto ao uso total de água potável em relação ao uso misto de água potável e não potável, que permitam otimizar a tomada de decisão, por meio das principais variáveis envolvidas na implantação, manutenção e operação de sistemas de tratamento de água. Para o desenvolvimento deste artigo foi realizada pesquisa bibliográfica para coletar dados que possibilitassem caracterizar e comparar tanto os sistemas prediais centralizados e descentralizados, quanto os tipos de tratamentos existentes. Além disso, a partir das informações levantadas, foi empregada a pesquisa operacional para formular modelos matemáticos para a tomada de decisão. Os resultados são a formulação e a validação de um modelo para populações superiores a 30 mil habitantes, assim como a análise do comportamento da solução ótima para diferentes populações e vidas úteis. As conclusões indicampriorização de sistemas centralizados e otimalidade da solução ao longo de um intervalo de tempo de 20 anos.

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