Estenose de válvula aórtica e os microRNAs: o potencial papel dos futuros biomarcadores de lesão de doença valvar cardíaca. / Aortic valve stenosis and microRNAs: the potential role of future biomarkers of cardiac valve disease injury.

Abstract

Introdução a estenose valvar aórtica (eao) corresponde a uma das principais causas de morbimortalidade e não possui terapias médicas eficazes, entretanto, a identificação de novas vias moleculares associada aos mirnas  são os novos potenciais alvos da farmacoterapia já nos estágios iniciais da doença, ampliando as possibilidades terapêuticas.os micrornas estão envolvidos na maioria das funções celulares e são moléculas de rna pequenas regulatórias e não codificantes.Objetivo: caracterizar a função dos micrornas na fisiopatologia da eao, bem como possível papel como marcadores prognósticos dessa patologia.Metodologia trata-se de uma revisão de literatura realizada a partir da busca de publicações indexadas nas bases de dados lilacs, scielo e medical literatureandretrivial system online (medline), esta última através da interface pubmed. Utilizou-se os operadores booleanos “and” e “or”, e os seguintes descritores de busca: “estenose aórtica”, “microrna”, “calcificação” e “biomarcadores”. Através das opções de busca avançada, foram selecionados trabalhos publicados nos últimos cinco 5 anos (2012 a 2017), em todos idiomas. De 53 artigos selecionados, apenas 25 foram utilizados. Os artigos excluídos abordavam doenças cardíacas como cardiomiopatia hipertrófica e aterosclerose, ou então, não utilizaram tecidos humanos. Resultado e discussão a eao refere-se a um processo esclerótico o qual se manifesta progressivamenteatravés de inflamação, calcificação das lesões e degradação da matrizextracelular com consequente fibrose valvar. A calcificação da valva aórtica temum impacto clínico significativo, justamente pelo possível potencial de evoluçãopara estenose valvar e se sem intervenção, implica em hipertrofia ventricularresultando em última análise em insuficiência cardíaca e morte.Atualmente, a substituição da válvula aórtica, cirúrgica ou transcatéter, é a únicaterapia eficaz para o tratamento, porém são adiadas até os estágios tardios dadoença. Devido a essa situação, as terapias de próxima geração são necessáriaspara melhorar o desfecho e a qualidade de vida do paciente, visando os estágiosiniciais do desenvolvimento da doença antes da calcificação valvar se tornarirreversível. Logo, devido à essa questão clínica, uma nova variável começou aser considerada visto que estão associados à patogênese e à processososteogênicos resposáveis pela calcificação da válvula - os micrornas, os quaissão estudados para oferecer um novo tratamento não invasivo para os pacientese no estágio inicial da doença evitando, assim, a sua progressão. A ação erelação de certos mirnas com a estenose valvar como descritos na tabela 1podem sugerir e sinalizar processos patológicos envolvidos na patogenia da eaofuncionando como sinalizadores de calcificação como os mirna214,mirna125b; sinalizadores de formação de placa aterosclerótica comomirna155, mirna222, mirna424, mirna503 entre outros. Além disso, algumdeles estão relacionados à inibição desse processo patológico como omirna125a, mirna155, mirna146a e mirna33 que evitam o acúmulo delipídeos e o mirna26a, mirna30b e mirna141 que neutralizam a calcificação da válvula. Sendo assim, esses processos envolvem regulação coordenada de indutores einibidores da calcificação, muitas vezes influenciados pela superexpressão ouexpressão inibida de certos mirnas com mecanismos precisos ainda estão malelucidados. Logo, o avanço de pesquisas nessa área podem revolucionar otratamento da eao além de reduzir os fatores de risco para outras doenças comopor exemplo o infarto agudo do miocárdio. Conclusão as perspectivas mostram um grande desafio na identificação de biomarcadores de mirna nos diferentes estágios da estenose aórtica. Alguns micrornas apresentam grande potencial para avaliação de gravidade de progressão patológica, já outros serviriam na monitorização de eventos pós-operatórios, associados a exames de imagens. Os estudos apresentaram os micrornas como novas vias terapêuticas, entretanto, uma grande barreira encontra-se nas diferenças entre as expressões moleculares dos pacientes, além de gastos ainda dispendiosos. Nesse aspecto, os micrornas surgiriam em um contexto de tratamento muito mais personalizado, conforme as expressões moleculares induvidualizadas para down-, upregulationdos biomarcadores na doença valvar aórtica 

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