Contribuição ao estudo da colangiopatia pancreática crônica

Abstract

Em uma série de 91 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico por pancreatite crônica, 25 (27,5%) desenvolveram como complicação não-metabólica a colangiopatia pancreática crônica. Onze pacientes apresentaram-se ictéricos à admissão hospitalar e em dois observou-se vesícula palpável ao exame físico. Dois doentes internaram com quadro clínico típico de colangite. O dado laboratorial mais importante nesta série foi a hiperfosfatasemia alcalina persistentemente elevada, com média de 532 U/I. A estenose tipo I, longo afilamento do colédoco terminal, foi o aspecto radiológico observado em 19 pacientes deste grupo. Em sete doentes a compressão do colédoco distal estava associada à presença de pseudocistos na cabeça do pâncreas, nos outros casos considerou-se que a presença de calcificações e/ou fibrose eram responsáveis pela obstrução. A hepaticojejunostomia em Y de Roux foi o tipo de drenagem escolhida em 17 pacientes, sendo que em 16 deles foi término-lateral. A coledocoduodenoanastomose látero-lateral foi utilizada em 4 situações. Não houve mortalidade pós-operatória imediata neste grupo de pacientes submetidos a drenagem bibliar. O acompanhamento médio destes doentes foi de 4,6 anos, e no momento deste relato 20 pacientes encontram-se vivos. A mortalidade a longo prazo de 20% foi atribuida à progressão da doença de base e não à falha da anastomose biliodigestiva

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