Representações do lugar periférico no cinema contemporâneo brasileiro

Abstract

Fora dos grandes polos nacionais, o cinema brasileiro busca muitas vezes, para marcar sua identidade, a representação regionalista. Porém a produção recente de alguns estados tem indicado um caminho diferente: a desconstrução da cultura local e temáticas mais universais. Este trabalho aborda dois desses casos: Pernambuco, com larga tradição de filmes focados na cultura popular e que vem, através da obra de cineastas como Kleber Mendonça Filho, construindo narrativas urbanas cosmopolitas; e o Tocantins, com uma História de pouco mais de duas décadas e escassa definição identitária, mas que igualmente produz um cinema desmitificante e universalista. Para esta discussão, buscamos um caminho eminentemente descritivo, auxiliado pelos conceitos semióticos de objeto dinâmico e imediato para analisar o recorte do lugar geográfico nos filmes, o papel desse recorte na narrativa e como ele contribui para uma mudança no imaginário sobre o Brasil periférico que brota desse audiovisual contemporâneo

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