Este artigo se propõe a debater a questão da água e da comida numa perspectiva inclusiva e solidária. Proclama o direito à alimentação para todos, não sem primeiro dialogar com nossa tradição bíblico-teológica, apontando algumas simetrias sociais que provêm da antiga aliança entre política e religião, em contextos do Antigo e do Novo Testamento. A desconstrução da leitura monocultural da tradição bíblica e a abertura aos estrangeiros na tradição do povo israelita se convertem em uma das articulações desta reflexão, assim como a utilização de ferramentas para uma práxis de soberania alimentar com aqueles que padecem fome no mundo