Dispersão e impacto econômico potenciais da invasora Drosophila suzukii no Brasil

Abstract

The objective of this work was to outline the potential distribution and economic impact of Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae), a recent invasive pest, in Brazil. Two maps of the potential establishment of the species were drawn based on the ecoclimatic index (EI), which uses the following thermal requirements for the species: with thermal stress, most restrictive scenario for spread; and without thermal stress. The EI was classified into four ranges: unfavorable, ≤25%; less favorable, >25 to ≤50%; favorable, >50 to ≤75%; and highly favorable, >75%. Economic losses were estimated based on the most restrictive map. The highly favorable areas were overlapped with those of the maps of production data for each possible host (apple, grape, peach, persimmon, fig, and pear). Considering these six hosts, the overlap between the highly favorable and the production areas varied from 45.5% (grape) to 98.3% (apple). However, the monetary estimation of the potential losses in the worst case scenario (no control measures) was possible only for figs and peaches. Southern Brazil is the most climatically favorable area for D. suzukii development and where potential economic losses are expected to be the greatest. Maximum average temperatures (>30°C) are the main ecological factor to limit D. suzukii spread in Brazil.O objetivo deste trabalho foi delinear a distribuição e o impacto econômico potenciais de Drosophila suzukii (Diptera: Drosophilidae), recente praga invasora, no Brasil. Foram feitos dois mapas de potencial de estabelecimento da espécie baseados no índice ecoclimático (EI), que utiliza as seguintes exigências termicas da espécie: com estresse de temperatura, cenário mais restrito para a expansão; e sem estresse de temperatura. O EI foi classificado em quatro faixas: não favorável, ≤25%; pouco favorável, >25 a ≤50%; favorável, >50 a ≤75%; e altamente favorável, >75%. As perdas econômicas foram estimadas a partir do mapa com a distribuição mais restritiva. As áreas consideradas altamente favoráveis foram sobrepostas às dos mapas de produção de cada hospedeiro possível (maçã, uva, pêssego, caqui, figo e pera). Ao se considerar esses seis hospedeiros, a sobreposição das áreas altamente favorável e de produção variou de 45,5% (uva) a 98,3% (maçã). No entanto, a estimativa monetária de perdas potenciais no pior cenário possível (sem medidas de controle) foi possível apenas para figo e pêssego. O Sul do Brasil é a área climaticamente mais favorável para o desenvolvimento de D. suzukii e onde as perdas econômicas potenciais podem ser máximas. As temperaturas médias máximas (>30°C) são o principal fator para restringir a dispersão de D. suzukii no Brasil

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