A disease of young cattle, called "cara inchada" (swollen face), was studied in Mato Grosso, Brazil. The clinical picture of the disease, in its advanced stage, is characterized by a periodontal inflammatory process with loosening and shedding of the premolar and molar teeth and by swelling of the maxillar and less frequently mandibular bone. The affected animals waste and many of them die by starvation. The disease was studied in pure and mixed bred zebu cattle. "Cara inchada" occurs in regions where pastures were formed with Guinea grass (Panicum maximum) after cutting the forest, on fertile low-land soils. In neighbouring areas situated in the higher country with "cerrado" vegetation the disease was not observed. Clinical examinations of cattle up to 1 year of age revealed an average incidence of the disease of 6%, but on one farm 22.6% of the calves were found to be affected. By oral examination of about 1,500 bovines on farms where "cara inchada" occurred and by postmortem examination of 30 bovines affected it was seen that initial paradental changes of the disease can already be found in 1 month old calves. Cattle from "cara inchada"-free regions brought into areas where the disease occurs, can be affected if they are transferred to these areas before the age of about 2 and a half years. Initial essentially non-inflammatory lesions of "cara inchada" were found in young calves at the medial portion of the interdental papilla between the maxillar P2 and P3 teeth in form of a paradontal pocket. The entrance of food and other particles is an aggravating factor of the process which finally results in an alveolar pyorrhoea and chronic ossifying periostitis. The clinical, post-mortem and histopathological findings indicate that the initial lesion takes place during eruption of the teeth, possibly due to impaired physiologic regeneration and repair of the paradontal connective tissue. The authors think that the "cara inchada" condition of cattle is caused by one or more alimentary factors.Foi estudada em Mato Grosso, Brasil, a "cara inchada", doença de bovinos jovens, que se caracteriza clinicamente, no seu estado avançado de evolução, por um processo inflamatório peridentário com afrouxamento e perda de dentes premolares e molares e com abaulamento ósseo maxilar e menos freqüentemente mandibular. Os animais afetados emagrecem e grande parte morre por desnutrição. Os estudos foram realizados em bovinos zebu e mestiços zebu. A "cara inchada" foi observada em regiões onde os pastos, na maior parte de capim-colonião (Panicum maximum), eram formados após a derrubada de matas em terras férteis de baixada. Em regiões vizinhas, de topografia mais elevada e de vegetação de cerrado, a doença não foi constatada. Através de exames da cavidade bucal de cerca de 1.500 bovinos de até 1 ano de idade, foi constatada a incidência média da doença em 6% dos animais, havendo uma propriedade alcançado o índice de 22,6% de bezerros afetados. Pelos exames clínicos e pelas necropsias de 30 bovinos com a doença, revelou-se que o processo paradentário incipiente já pode estar presente em bezerros com 1 mês de idade. Parece que os bovinos são susceptíveis à instalação do processo paradentário da "cara inchada" somente até a idade de aproximadamente 2 anos e meio. A lesão incipiente da doença, essencialmente de natureza não inflamatória, inicia-se em bezerros novos na papila interdentária entre os dentes P2 e P3 maxilares, consistindo na formação de bolsa paradentária. A penetração de partículas de alimentos e outros corpos estranhos complica o processo que resulta finalmente numa peridentite purulenta e periostite crônica ossificante. Os dados clínicos, anátomo e histopatológicos mostram que a doença afeta inicialmente o paradêncio de animais com dentes em erupção e crescimento, possivelmente devido a uma deficiência na regeneração fisiológica e reparação do tecido conjuntivo paradentário. Concluiu-se que a "cara inchada" dos bovinos deve ser causada por um ou mais fatores ligados à alimentação